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quinta-feira, 9 de junho de 2011



A História Econômica de Paraibuna
O café foi o marco no Vale do Paraíba no período de 1830 a 1870. Teve um fator importante na economia do município. Várias foram as fazendas que começaram a dedicar à cultura cafeeira, com algumas delas sendo construídas especialmente para esse tipo de lavoura. Em 1835, só no 2° distrito da Vila de Paraibuna, registraram-se 34 fazendas de café e 87 fazendas de culturas diversas. 
Até o início do século XX, o quadro da região está dividido entre monocultura do café e policultura comercial e muitas vezes conjugando-as. A cultura do café no Vale entrou em declínio a partir de 1870. 
Em 1860 a cultura do algodão foi introduzida em várias fazendas do café, para servir de equilíbrio às dificuldades que sofria a lavoura cafeeira e escravagista. O café continuou a sua marcha para outras regiões, deixando atrás de si hipotecas e fazendas ao abandono. 
Paraibuna também entrou em declínio financeiro, ficando num marasmo com sua vida normal, entre 1890 e 1920. 
Com a construção da Rodovia Presidente Dutra e da Estrada dos Tamoios, entre 1922-24, o município ganhou novo impulso. Novas culturas se fizeram aparecer e a criação de gado começou, mas vindo a ser forte somente a partir de 1940, quando os produtores tiveram oportunidade de escoar o produto, através da Cooperativa. O Leite passou então a ser o forte da economia, chegando mesmo a produzir 50 mil litros diários por volta de 1960.
No começo da década de 60, com o início da construção das barragens Paraibuna - Paraitinga a economia sofreu novo baque. A produção leiteira caiu e o plantio das roças foi diminuindo, devido a vários fatores: a ocupação das terras pelas águas e o êxodo dos trabalhadores rurais para os serviços de construção das barragens, que no seu pico empregou 5 mil pessoas. 
No período de 1965 a 1975, o município viveu uma transformação significante, mas sem saber que rumo seguir. Muitas pessoas foram obrigadas a abandonar suas terras e se mudar para a zona urbana ou mesmo para outras regiões. A cidade cresceu vertiginosamente, provocando maiores problemas para os administradores. Com o término da construção das barragens a situação ficou ainda pior, pois muitos perderam o emprego e não tinham o que fazer. 
A saída para muitos deles foi mesmo voltar para a roça e tentar viver da agricultura, o que foi feito, dando um aumento significativo na produção. O feijão foi uma das plantações preferidas, com o município chegando a ser o primeiro do Vale do Paraíba em 1980. Depois disso procurou-se outras alternativas de lavoura, com o plantio, por exemplo de tomates. 
A pecuária leiteira diminuiu mais ainda, com os produtores preferido o gado de corte que exige menos mão-de-obra. A esperança da população desde a década de 70, quando as represas foram fechadas, é com relação ao turismo.
As margens da represa já estão tomadas por pequenos sítios e loteamento de veranistas, mas o principal para o desenvolvimento do turismo ainda não aconteceu de fato. Atualmente várias medidas estão sendo tomadas pela administração com o objetivo de incrementá-lo. A realização de provas esportivas e o apoio para as festas populares e as tradições são as metas do Conselho Municipal de Turismo.

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